O céu limpo, o mar calmo e o som das ondas tornavam o último fim de semana em Massarandupió mais um daqueles dias perfeitos para renovar as energias. Mas o que era apenas um passeio se transformou em missão de cuidado e conexão com a natureza. Entre as pedras, flutuava uma tartaruga marinha, aparentemente sem forças, pedindo por ajuda em silêncio.
Quando o instinto fala mais alto
Ao nos aproximarmos da tartaruga, o coração apertou. Ela estava ali, boiando, sem reação. Em silêncio, sabíamos que algo estava errado. Provavelmente ferida — talvez por impacto nas pedras ou por outro tipo de agressão — ela não conseguia mais nadar. Com muito cuidado, a retiramos da água e a colocamos em uma pequena poça feita na areia, garantindo que sua cabeça ficasse fora d’água para que não se afogasse.

Como agir ao encontrar uma tartaruga marinha ferida em Massarandupió
O primeiro passo foi acionar o Projeto Tamar, referência nacional no cuidado e preservação das tartarugas. Fomos orientados a manter o animal na sombra e cobri-lo com uma toalha molhada, mantendo seu corpo úmido, mas nunca submerso.
📞 Contatos do Projeto Tamar – Costa do Sauípe:
(71) 99988-6663 | (71) 99989-0387
🌐 www.tamar.org.br
📸 Instagram: @projeto_tamar_oficial

Conheça um pouco da espécie que encontramos
A tartaruga resgatada é da espécie verde (Chelonia mydas), facilmente identificável pelo casco mais arredondado e pela coloração que varia entre verde e marrom. Essa espécie é herbívora e pode viver até 80 anos! São comuns na costa brasileira e por aqui em Massarandupió, mas infelizmente, cada vez mais ameaçadas por redes de pesca, plásticos no mar e colisões com embarcações ou rochas.
Um aprendizado para todos nós
O episódio foi um lembrete poderoso: compartilhar a praia com seres tão preciosos exige responsabilidade. A vida marinha está em constante risco, e atitudes simples, como manter a praia limpa, evitar deixar resíduos e saber como agir diante de uma emergência, podem salvar vidas — como salvamos naquele dia.
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